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Fertilizantes naturais – horta orgânica

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E aí, como está indo sua horta feita em casa? Ainda não criou a sua?! Então mãos à obra! Em nosso post anterior passamos as dicas de como começar uma horta orgânica em casa. E agora nesse post, vamos tratar de uma questão que vem a complementar o tema: fertilizantes que não agridem o meio ambiente.

A seguir listamos (não por grau de eficiência ou importância) alguns dos mais simples fertilizantes naturais para você enriquecer sua hortinha  🙂 .

Resultado de imagem para fertilizantes naturais1. Cascas de crustáceos: da próxima vez que almoçar ou jantar camarão, lagosta ou caranguejo guarde as cascas e aproveite-as enquanto adubo para o jardim. Abra um buraco na terra de cerca de 60 cm e deite aí as cascas de crustáceos trituradas – em poucas semanas dá-se a compostagem e a terra será beneficiada com nitrogênio, fósforo e lima/alcalina. Saiba que um mês depois pode voltar a abrir o buraco, retirar o fertilizante e aplicá-lo noutro sítio do jardim, para obter os mesmos efeitos positivos.

2. Restos de peixe: as partes que sobrarem do peixe após uma refeição – cabeças, rabos, entranhas – revelaram-se fertilizantes muito nutritivos para as plantas, principalmente aquelas que requerem muito nitrogênio (caso dos tomates e do milho). Abra um buraco na terra de cerca de 60 cm e deite aí os restos de peixe – para além de nitrogênio, a terra será enriquecida com sais minerais e cálcio. Reutilizar aquilo que adquirimos e consumimos é uma das formas de viver uma vida mais verde.

3. Borras de café: ricas em nitrogênio, potássio e fósforo, as borras de café podem ser aproveitadas para fertilizar as plantas, bastando para isso espalhá-las em torno das plantas de vaso ou do jardim. Este ingrediente – que afasta lesmas e caracóis das plantas – é ainda excelente para a compostagem e pode ser diluído em água para criar um fertilizante líquido.

4. Esterco animal: outro tipo de adubo orgânico já utilizado amplamente por hortelões urbanos é o esterco de animais herbívoros, como vacas, ovelhas e cavalos. O que muita gente não sabe é que os dejetos dos animais não podem ser depositados na terra de imediato. É preciso que permaneçam misturados e diluídos na água por, pelo menos, duas semanas, expostos ao sol durante a maior parte do dia, explica a hortelã Samantha Kusniaruk, que também é formada em botânica. Depois do tempo citado acima, você pode usar o líquido gerado no processo para borrifar sobre as plantas, além de usar o estrume curtido para adubar a terra. Caso o hortelão adicione o esterco assim que produzido pelo animal, sem deixá-lo exposto ao sol e diluído, os dejetos podem queimar e quebrar as raízes das plantas.

Resultado de imagem para fertilizantes naturais5. Consólida ou consolda-maior: uma conhecida planta da jardinagem orgânica tem, para além das suas propriedades terapêuticas, excelentes resultados enquanto fertilizante. A consólida ou consolda-maior (Symphytum officinale) está recheada de potássio, fósforo, magnésio, vitaminas e sais minerais altamente benéficos para a terra e as plantas. Para a sua preparação, junte 1 parte de folhas da planta com 2 partes de água, misture bem e deixe ao sol durante um dia ou dois. Escoe e utilize as folhas na compostagem, aplicando a água como fertilizante ecológico.

6. Grama: quando capinar o quintal, não dispense a grama cortada. Recolha uns bons punhados e distribua sobre a terra. Além de deixar o ambiente mais verde, as ervas são fonte riquíssima de nitrogênio. Quando se decompõe, a grama recém cortada enriquece o solo em que foi colocada com diversos nutrientes benéficos ao desenvolvimento de qualquer vegetal.

7. Urtigas: a dica de fertilizante natural do hortelão Cauê Azeredo é uma solução à base de urtigas. Ele recomenda colher as folhas da planta e deixá-las de molho em um balde com água por cerca de uma semana, longe do sol ou expostas a temperaturas muito baixas ou muito altas. Depois de sete dias, Azeredo explica que é preciso retirar as folhas da água e dispensá-las, armazenando somente o líquido, que pode ser borrifado semanalmente no solo e nos vegetais da horta. Por fim, ele lembra que é importante não se esquecer de calçar luvas quando for colher as urtigas!

8. Cascas de ovos: outro produto que vai para o lixo, mas pode virar um importante fertilizante orgânico, já que é rico em cálcio e potássio, é a casca do ovo. O hortelão Cláudio Poletto utiliza a técnica há cerca de três anos e afirma que o método aumentou drasticamente a resistência das plantas e diminuiu a quantidade de larvas maléficas ao desenvolvimento dos vegetais. Ele recomenda que as casas sejam lavadas, trituradas em diminutos grãos e adicionados no entorno de cada muda. A hortelã Maria de Lurdes Goulart disse que também usa a técnica, mas adiciona as cascas de ovo à terra antes de plantar as mudas.

9. Cinzas de madeira: ricas em potássio, fosfato e microminerais, as cinzas de madeiras podem ser efetivas no aumento do resistência das plantas, além de combate a pragas. A dica da hortelã Camila Flôr é misturar as cinzas – cerca de um quarto de uma xícara – com um litro de água e borrifar na horta uma vez por mês.

Resultado de imagem para fertilizantes naturais1o. Compostagem: método mais comum entre os hortelões urbanos, a compostagem é uma mistura de restos de comida e de substância ricas em nitrogênio, como palha, grama e folhas secas. A hortelã Fabiana Mendes costuma triturar restos de comida e misturá-lo às substância já citadas, adicionando e misturando tudo à terra, antes de plantar uma nova muda. O hortelão Leandro Castelli prefere colocar a compostagem sobre o solo, não dentro dele, e disse obter bons resultados com o método.

11. Húmus da minhoca: é o produto resultante da decomposição da matéria orgânica digerida pelas minhocas. É  a forma mais decomposta de matéria orgânica, o que facilita a sua degradação por micro-organismos do solo e facilita a liberação de nutrientes. Entre suas qualidades estão:

– Bons teores de macronutrientes (nitrogênio, potássio, fósforo,  enxofre, cálcio e magnésio) e especialmente de micronutrientes (cobre, molibdênio, zinco, ferro, e cloro)

– Durante seu processo digestivo as minhocas promovem um aumento da população de micro-organismos, principalmente bactérias benéficas, sendo o húmus de minhocas uma excelente fonte de micro-organismos para o solo.

– Não tóxico para as plantas, os animais e o homem.

– Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são liberadas lentamente.

– Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação das plantas.

12. Farinha de ossos: é um produto oriundo de ossos bovinos que são incinerados a mais de 500 graus de temperatura até a queima total. Após um período de resfriamento estas cinzas são moídas. A farinha de ossos é um adubo orgânico rico em fósforo e cálcio, elementos essenciais ao crescimento, floração e frutificação das plantas. É o principal fertilizante orgânico fonte de fósforo, elemento absorvido pelas raízes das plantas e determinante para o aumento da produtividade. Outra vantagem da farinha de osso é que sua solubilização é lenta, o que garante o suprimento de fósforo as plantas por um bom tempo, diferente que os superfosfatos (fertilizantes inorgânicos) que tem uma rápida solubilização em água.

13. Fino de carvão: o fino de carvão é uma forma bastante estável da matéria orgânica do solo utilizado na composição de substratos orgânicos. É um material poroso, o que permite aumentar a capacidade de retenção de água e de absorção de compostos orgânicos solúveis.  Facilita a proliferação de organismos benéficos, além de possuir em sua composição elementos minerais como: magnésio, boro, silício, cloro, cobre, manganês, molibdênio e, principalmente, potássio. No Brasil, um exemplo do efeito benéfico do carvão são os solos da Bacia Amazônica chamados Terra Preta de Índio . Eles teriam sido produzidos com a combinação de carvão vegetal, cerâmica e matéria orgânica de origem vegetal e animal.. Se estima que a produtividade dos solos pretos é 15% maior do que os outros solos.

14. Torta de mamona: a torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, é um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona. Se trata de uma rica fonte de nitrogênio de lenta liberação que também funciona como condicionador de solo, elevando o nível de matéria orgânica. Outro efeito bem documentado da torta de mamona é o controle de fitonematóides, quer seja pelo efeito nematicida direto quando aplicada no solo, pela liberação de substâncias tóxicas decorrentes do processo de decomposição, ou mesmo pela estimulação da microbiota natural do solo antagônica a estes fitopatógenos.

15. Bokashi: produto da agricultura natural japonesa, o Bokashi é um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando a disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento. É um recurso que associado a práticas de incorporação de matéria orgânica, auxiliando o processo de recuperação da vida do solo e da sua fertilidade.

Melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, proporcionando às plantas as condições ideais para o pleno desenvolvimento. Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente. As raízes, além de absorver nutrientes do solo, secretam substâncias nutritivas, sendo que esta secreção ocorre na rizosfera, onde os microrganismos atuam. Estes por sua vez, absorvem substâncias de difícil assimilação e as transformam em substâncias assimiláveis pelas plantas, proporcionando uma nutrição equilibrada e fortalecendo a planta contra o ataque de pragas e doenças.

O adubo orgânico pode ser aplicado via foliar ou via gotejamento (Bokashi líquido) ou diretamente no solo (Bokashi líquido e/ou farelado).

 

Fontes: http://umavidaverde.com/artigos/5-fertilizantes-ecologicos-para-preparar-casa

http://revistagloborural.globo.com/Cidades-Verdes/noticia/2015/12/12-opcoes-de-adubo-organico.html

http://blog.mundohorta.com.br/adubos-organicos/

 

Horta Orgânica

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A alimentação orgânica vem se fortalecendo como uma alternativa mais saudável e sustentável em relação à produção agrícola que se utiliza de agrotóxicos que causam inúmeros prejuízos ambientais e ecológicos. A maior parte do lixo orgânico que produzimos pode ser transformado em um rico composto (húmus), ideal para utilizarmos em uma horta em nossa casa, favorecendo um ciclo de redução de resíduos (que iriam para um aterro) e sustentabilidade. Que tal resgatar o contato com a terra e elementos da natureza, e ainda contribuir com sua saúde e de sua família com alimentos livres de defensivos químicos, produzidos em sua própria casa (ou talvez em uma horta comunitária em seu bairro)?

A seguir transcrevemos uma matéria do site Ecycle que ensina como criar sua própria horta orgânica em casa! Mãos à obra e boa sorte! 😉

Enquanto a indústria de pesticidas e fertilizantes químicos agride a natureza e a nossa saúde, o cultivo de vegetais orgânicos cresce e traz muitos benefícios. Conheça-os aqui e siga os seguintes passos básicos para ter sua própria horta orgânica:

1. Preparar a terra

Você deve começar revolvendo a terra para deixá-la bem aerada, para que as plantas aproveitem melhor os nutrientes. Ela também deve estar solta o bastante para que se possa adubá-la e começar a plantar. Prefira adubar nos meses quentes, entre setembro e março.

2. Ter uma composteira

Plantas precisam de uma terra rica em nutrientes para crescer, mas fertilizantes químicos são prejudiciais ao meio ambiente. Você pode adubar a terra com o húmus que resulta da compostagem, que é muito simples de fazer (veja aqui as instruções). Adquira aqui sua composteira.

3. Escolher suas plantas

Cada planta tem seu clima ideal para crescer, então sua horta terá mais sucesso se você escolher os vegetais que se dão melhor na sua região. Por exemplo, o rabanete cresce melhor no frio, enquanto a berinjela é mais fácil de ser cultivada em lugares quentes. Escolha as sementes e mudas certificadas como orgânicas.

Segundo o CPT (Centro de Produções Técnicas), existem quatro tipos básicos de hortaliças e ter pelo menos uma de cada tipo em seu prato proporciona uma riqueza de sabores e nutrientes. Elas são:

• Hortaliças folhosas: espécies como alface, almeirão, rúcula, chicória, brócolis, couve-manteiga, couve-flor, entre outros;

• Hortaliças de frutos: abobrinha, abóbora, quiabo, pepino, pimentão, tomate, jiló, feijão-vagem, chuchu, entre outros;

• Hortaliças tuberosas (raízes, tubérculos e rizomas): cenoura, beterraba, rabanete, cará, inhame, batata-doce, entre outros;

• Hortaliças condimentares: alho, cebola, cebolinha, salsa, hortelã, manjericão, coentro, manjerona, entre outros.

4. Plantar

Para saber como plantar cada um de seus vegetais, considere seu modo de crescimento: plantas rasteiras, por exemplo, precisam de mais espaço entre elas, para que possam se espalhar. Mas tome cuidado para não deixar um espaço grande demais e permitir o surgimento de ervas daninhas.

5. Regar

Os melhores horários para regar sua horta são os menos quentes do dia (antes das 10h e depois das 16h), assim as plantas absorvem melhor a água. Procure regar as raízes e não as folhas. As gotas de água na superfície das folhas, quando irradiadas pelo sol, produzem um efeito igual a uma lente, queimando as folhas.

Regue sua horta com bastante água uma ou duas vezes por semana e com menos água nos outros dias, apenas para manutenção. Você pode reaproveitar a água da chuva (saiba mais).

6. Retirar ervas daninhas

Aqui você pode fazer um bom exercício físico, arrancando manualmente as invasoras. Arranque pela raiz, para inibir seu crescimento.

Para evitar que as ervas daninhas apareçam, você pode cobrir com folhas secas os espaços entre as suas hortaliças.

7. Proteger contra pragas

Existem muitas maneiras de proteger sua horta contra pestes sem utilizar produtos nocivos ao meio ambiente. Nesta matéria, nós mostramos cinco dessas maneiras. Aqui vão mais algumas (clique nos links para saber mais detalhes):

• Pesticidas caseiros: com ingredientes comuns na cozinha, você pode combater fungos, insetos, ácaros e até ratos.

• Atraentes e repelentes biológicos: substâncias naturais podem te ajudar a fazer armadilhas contra as pragas que atacam sua horta.

• Plantio consorciado: consiste em plantar duas ou mais espécies de plantas juntas, de forma que uma sirva de repelente para as pragas da(s) outra(s). Não esqueça de tomar cuidado para não acabar colocando juntas espécies que roubarão nutrientes uma da outra. As plantas devem ser companheiras. (veja seis tipos de plantas que funcionam como repelentes naturais de insetos)

• Biopesticidas: são micro-organismos que agem especificamente contra os insetos invasores, não agredindo a planta, os pássaros, o solo ou qualquer um que pudesse sofrer com os pesticidas convencionais.

• Óleo essencial de neem: atua como pesticida, repelente e ainda nutre o solo. Adquira aqui seu repelente de neem.

8. Colher

Quando seu trabalho der frutos, colha-os nas horas menos quentes do dia, para que a planta perca menos água. Se achar que deu frutos demais, dê alguns para seus parentes e amigos ou  cozinhe e congele o excedente, para poder aproveitar depois.

Bom trabalho e bom apetite!

Fonte: http://www.ecycle.com.br